Projeto "Beach Boy" - Os Vougas de "linhas quebradas"
Os primeiros trabalhos após a retirada dos "poleames"...
Ripado em mogno e tóla sobre contraplacado.
a primeira camada de resina, após a recuperação de mazelas no ripado e no verdugo.
centro náutico da ria de ovar
A XVII regata cenario ocorreu a 24 de setembro, um domingo de sol e sem vento pela manhã, uma ria espelhada e multicolor, dominada por uma plenitude de azul celeste e verdes arbóreos, emprestando, generosamente, uma dimensão espacial extraordinária ao evento.
Com a colaboração da NADO e o apoio da Câmara Municipal de Ovar, com a presença de velejadores de fora e de dentro, dois Andorinhas, dois Sunfish, dois Vouga, uma embarcação da classe Cap Corse e um pneumático de apoio, a regata iniciou pelas 11 horas, com a largada junto ao cais da Pedra, após alguma espera pelo vento, que teimava em não entrar.
A regata de clássicos da vela da Ria, tem em Ovar, na CENARIO, a única regata de clássicos da vela ligeira em águas portuguesas. Destinada apenas a embarcações construídas em madeira, esta regata já reuniu embarcações das classes Finn, Snipe, Vaurien, Sharpie 12M mas que, apesar das boas condições meteorológicas e da divulgação atempada, estiveram ausentes nesta edição, faltando à afirmação e registo desta regata no universo náutico da Ria de Aveiro e da Região.
Este ano decidimos marcar o percurso da regata em função dos antigos cais de acostagem restaurados no âmbito do Programa Polis Ria de Aveiro; o cais da Pedra, o Cais da Tijosa e o Cais do Puxadouro, ficando o cais da Ribeira excluído deste percurso, pela dificuldade de navegação á vela no canal de acesso e falta de balizagem ou meios de reconhecimento do local, nomeadamente junto de velejadores de fora de Ovar. Ficou deste modo esta regata, este ano, conhecida como a rota dos três cais, marca que iremos perpetuar, esperando que num futuro próximo seja este percurso uma marca da Regata CENÁRIO - Clássicos da Vela Ligeira.
A Largada.
Pelas 10.30 encontrava-se o CapCorse S. Gabriel emitindo sinais sonoros de amplitude duvidosa mas deveras originais, assim como subindo e descendo bandeiras, nas cores adequadas, dando a conhecer á frota presente que a regata estava em andamento. Uma das embarcações ( Calipso) e após uma mudança de tripulantes de última hora chega com atraso á linha de largada, o que teve consequências irreparáveis no desempenho regateiro. Todas as outras embarcações largaram bem, apesar de uma ausência de vento que se fez sentir logo após a partida.
Lentamente e após longos 45 minutos, a frota encontrava-se ainda junto ao Areínho, até que uma brisa suave, irregular, impulsionou o Melody e o Aventura, o Pilrito, o Andorinha e todos os outros rumo ao sul. O Andorinha Melody, com Nuno Lopes e Marco Prior destacaram-se após o Torrão do Lameiro, ao serem atingidos pela brisa depois da cortina arbórea do Areínho sendo que o Vouga Calipso ia recuperando à medida que o vento subia e se tornava mais regular. O Sunfish de Artur Gonçalves foi-se destacando entre o Vouga Aventura e o Andorinha Melody, fazendo uma excelente regata até junto da ponte da Varela.
Rodagem da primeira baliza
Junto à Ponte da Varela, e já com vento a crescer para os 10/12 nós, rodou primeiro o Melody, seguido do Calipso, do Pilrito, do Andorinha e do Sunfish, fazendo as embarcações rumo a nordeste, Pardilhó/ Ribeira de Mourão, onde se rondou uma segunda baliza e se fez rumo ao cais da Tijosa.,
Após alguns bordos, pois o vento agora vinha de noroeste, cortou-se a linha de chegada no enfiamento da casa dos barcos da Tijosa e o S. Gabriel.
2ª Largada.
O vento agora era firme e impulsionava em bom estilo todas as embarcações. Estávamos próximos da uma da tarde, pelo que se decidiu fazer uma outra regata, entre o cais da Tijosa e o cais do Puxadouro, rondando a baliza a sul, no enfiamento do Cais de Pardilhó ( Ribeira da Aldeia). Regata que decorreu com bom andamento, largando as embarcação em largo folgado, passando a pôpa rasa ( que espetáculo ver os paus do spi a serem utilizados!), e, após a rondagem da baliza, em bolina folgada até ao enfiamento do Bico do Torrão. Daí, um bordo ( por vezes dois) até à foz do Cáster e à bifurcação do canal da Moita com o canal do Puxadouro, onde se encontrava a chegada, mesmo sem S. Gabriel à vista, que se tinha perdido, nos confins dos baixios de Calecute.
Foi esta uma regata muito animada, com o Calipso a procurar passar o Melody, que se defendeu muito bem e não permitiu que o calipso ganhasse o barlavento, o canal estreitava e por sotavento não era possível, pelos motivos que todos sabemos; um timoneiro de gabarito ao leme e umaa genoa imparável, arribava o Calipso, pois já não tinha águas, logo o Melody lhe cortava o vento e assim decorreram uns bons 30 minutos com o aventura aproximando-se continuamente, (pois estavam os dois primeiros entretidos nesta dança ...) quase conseguindo o segundo lugar.
Uma bela regata.
Entre o primeiro e o ultimo barco não passaram mais do que 15 minutos, na primeira regata! Na segunda a diferença foi muito menor.
Originalidades e património antropológico da Regata Cenário
Como critérios de desempate dado que o Melody ganhou a segunda regata e o Calipso a primeira, o júri considerou a utilização da pagaia pelo Calipso ( manobra de desencalhar) com 15 segundos de penalização, e por impulso mictório de um tripulante do Melody, que pela pôpa, se aliviou de uma necessidade inadiável, colocando mesmo em risco o bem estar da tripulação que lhe estava no encalço, dois segundos de penalização ao Melody. Sem direito a protesto.
Estas circunstancias denotam elevado grau de rigor na aferição da classificação final, apesar do cronómetro, que, como sabemos, mesmos utilizando as mais altas tecnologias, tem as suas limitações, pois como dizia o Índio observando o monóculo do general Custer, a magia é boa, mas não é perfeita...
Próximo da perfeição esteve o almoço que se seguiu nas instalações da Cenário, após a arrumação dos barcos e palamentas, e da entrega da fatia de bolo especial aos vencedores, tarte de côco, uma delícia, neste caso de uma magia infalível.
E das generosas contribuições de elixires raros, previlégio de quem tem bom gosto e conhecimentos profundos nas quintas do Douro, lembrando as rotas comerciais de Ovar à Régua... e mesmo aos confins de Borba, lá para os anos de 2015. Um bom ano.
Devemos finalmente agradecer aos participantes e à presença do velejador que participou na regata a bordo do "Calipso", Jorge Exequiel, em representação da Olho Marinho do grupo Porto de Ovar, patrocinador das velas do Calipso, que se deslocou desde Ponte de Lima.
Do Norte vieram também o arq. Manuel Carvalho, que desta vez não veio a pedal, mas sim a bordo de um "Andorinha" (com o nosso amigo Pedro Silva), e o Artur Goncalves, e um amigo, Nuno Freitas a bordo de dois "sunfish" cujas velas animam e colocam mais cor à regata , que, sem o colorido e a singularidade destas embarcações não será a mesma.
Obrigado também à Câmara de Ovar, pela colaboração no evento, no âmbito do Programa de Apoio ao Associativismo.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2022
Resumo
A nossa
sede e o cais do Puxadouro foram palco de diversas atividades abertas à
comunidade, realizadas em parceria com a CMO, no âmbito da Estação Náutica de
Ovar.
Alguns
associados realizaram trabalhos de restauro, trabalharam a madeira ou
colaboraram na recuperação e manutenção das nossas embarcações.
Realizamos
um evento “cinematográfico” a bordo da embarcação “Melody” com o envolvimento
de algumas pessoas da comunidade.
O espólio
da Associação ficou mais rico, com a doação do sócio Dennis Begasse, da sua
embarcação “S. Gabriel”, à nossa Associação. Esta embarcação da classe Cap
Corse, foi construída em Esposende em 1959/60 por Isolinno Fernandes, sendo um
dos primeiros projetos do arq. naval francês Jean-Jaques Herbulot.
Já no final
do ano, participamos numa “Oficina de Carpintaria Naval” organizada pelo
Sporting Clube de Aveiro, nas instalações deste clube.
Mas, para
nós, 2022 fica marcado pela obtenção da licença emitida pela APA-RHCentro para
a utilização de recursos hídricos-ocupação do domínio público hídrico de um
conjunto edificado no Cais da Ribeira de Ovar, espaço que se pretende funcione
como uma extensão da Cenário para aquele cais, outrora o mais importante de
Ovar e para o qual se pretende, em parceria com a Autarquia Local, a urgente e necessária
revitalização e regeneração urbanas.
E, apesar
das precárias condições do edificado e da ausência de infraestruturas
elétricas, de saneamento, ou abastecimento de água, conseguimos, em parceria
com um grupo de artistas de Ovar, levar a bom termo o evento de índole cultural
“Matos em Festa 2022” que marcou o início das atividades possíveis e desejáveis
neste novo espaço da CENÁRIO.
Finalmente, como nota triste e de pesar referimos o falecimento da nossa diretora, e amiga, Corália Vicente.
As atividades pontuais mais relevantes ao longo de 2022 foram :
Fevereiro
Na Cenário ocorreu uma residência artística de Afonso Marmelo, que, com um amigo, experimentaram uma viagem, entre o cais do Puxadouro a Ribeira de Ovar, e de volta ao Puxadouro. Durante horas e de acordo com a maré, remaram até à foz do Rio Caster, dali até à Tijosa e até à “Quinta do Pereira”, regressando pelo rio Caster, da Ribeira à foz, transportando, de permeio, a canoa "em braços", rompendo silvados e ultrapassando obstáculos, de tudo um pouco ocorreu nesta "aventura", que se consubstanciou principalmente, na descoberta de um território que se revela apenas àqueles que arriscam a experiência.
Apoio à realização de um vídeo-clip
Conclusão do restauro do Vouga “Jezebel”
Abril
Início das atividades de “ar livre”
As embarcações ao sol, depois da “hibernação”. Em primeiro plano o nosso finn “Fintado”
- Revisão geral do estado das embarcações e preparação para a época. Com a
participação de alguns (poucos) associados, operámos uma arrumação geral e
limpeza das embarcações.
- Conclusão do restauro da nossa embarcação da classe Finn, e fabricação do mastro respetivo. Pronto para navegar, se houver interessados em concluir o aparelho. Agradecemos a colaboração do Tiago, que gosta de barcos, o que para um pardilhoense é coisa genética.
Conclusão de pinturas e pequenas intervenções no “Vaurien” do associado
Rui Bastos. Demos início à utilização das instalações da Ribeira para armazenar
algumas embarcações.
O Tiago a trabalhar no finn, a fabricação do
respetivo mastro, e o vaurien “293” a chegar à Ribeira após pinturas
- Reinício de trabalhos de restauro do motor da “Maria
Cristina”
Com o Sr. Hermínio Pinho e Pedro
Pinho
Maio
Restauro não é só barcos…
- O associado Artur Aguiar Álvaro concluiu o restauro de uma cadeira que
já está na família à gerações… uma cadeira com história.
Processo de restauro
metódico e sistemático, até este resultado.
A cadeira
- Passeio à foz do Cáster e visita ás instalações da Ribeira
Junho
Comemoração do XVIII Anivercenário
A CENÁRIO comemorou 18 anos de existência.
(Atingimos a
maioridade, já podemos votar e obter a carta de condução, entre outros perigos
eminentes.)
No dia 11 de junho reunimos os associados e amigos
em festa comemorativa.
Após o passeio de barco que procurava fazer o percurso Cais do Puxadouro - Cais da Ribeira - Cais do Puxadouro, para visitarmos as novas instalações, percorremos a costa Portuguesa através do Projeto "Estrelas do Mar - fortificações costeiras de Portugal Continental, vencedor da 16ª edição do Prémio Fernando Távora, que foi apresentado pelos autores, os arquitetos Pedro Abranches Vasconcelos e Carlos Machado e Moura. E que interessante momento de cultura !
Preparando o passeio, o arq. Pedro Abranches Vasconcelos e Vasco Vasconcelos, aguardando a partida a bordo do Vouga “Aventura”
Os arquitetos convidados expondo o seu projeto, vencedor do prémio Fernando Távora, e à conversa com o Sr. Vereador, arq. Bebiano.
A
proposta “Estrelas do mar: Fortificações Costeiras de Portugal Continental” foi
distinguida pelo júri do galardão por ser inédita, contribuindo para um
conhecimento atualizado e sistemático do património defensivo costeiro, através
da utilização do desenho e das novas tecnologias numa uniformização, em termos
de apresentação. “A maioria destas Estrelas está documentada, em levantamentos
antigos, estudos parcelares aprofundados, muito excelentes, compilações
amadoras e rotas específicas em zonas turísticas, mas o seu conjunto merece uma
análise inclusiva, numa perspectiva crítica, contemporânea e arquitectónica”.
(excerto da proposta de viagem)
Licença
APA-ARHCentro
Em junho foi emitida a licença de
ocupação-utilizaçãodo domínio público hídrico de uma parcela no cais da Ribeira
de Ovar com 1425 m2, pela APA- ARHCentro - L009857.2022-RH4A.
Espaço que nos desafia a encontrar novas funcionalidades.
- Reunião preparatória para o evento “Matos em Festa”
Um grupo de amigos e
frequentadores do Café Bar "O Ronca" espaço acolhedor esguio e alto,
resolvem celebrar o Homem que já foi fisicamente alto e de voz tonitruante,
coração de mel e sempre pronto para uma piada mesmo quando as piadas eram
caras...o Matos.
Preparação do vídeo, “À Boleia”, de Afonso Marmelo
Montando
a Câmara e afinando ângulos
Julho
Exposição “Os BARCOS”, vidas e memórias
Aceitámos o desafio (apesar do escasso tempo para a sua preparação) e com
alguns sacrifícios decorrentes de férias já planeadas, avançámos com a preparação
desta exposição, reflexo e síntese de 18 anos de atividades na CENÁRIO.
O catálogo, elemento cujo interesse ultrapassa o âmbito da Exposição, na
introdução diz o seguinte:
Alicerçada a sua ação numa estratégia de índole museológica, ação
estimulada pela criação da rede museológica de Ovar, iniciativa da CMO, a
CENÁRIO, ao longo dos seus dezoito anos de existência restaurou construiu e em
muitos casos pôs a navegar diversas embarcações de pequeno porte,
identificativas e por vezes únicas no universo náutico português.
Apartir deste conjunto de embarcações em madeira restauradas e recolhidas
pela CENÁRIO nomeadamente apartir dos seus elementos construtivos e
equipamentos de laborar ou manobrar, pretendemos demonstrar os tipos de
embarcações que pela Ria navegaram ao longo do séc. XX.
A criatividade e mestria artesanal de alguns autores, na maior parte dos
casos sem formação específica na área da construção naval, está patente nos
objetos, nos grafismos e nas soluções construtivas e funcionais que nos
chegaram até hoje, constituindo importante património.
Com este património pretendemos dar a conhecer ao público em geral a importância
da náutica lúdico/desportiva para a vida coletiva de Ovar e para o
desenvolvimento do turismo, particularmente na Ria de Aveiro, sem deixar de
provocar leituras de possível desenvolvimento futuro.
Inaugurada na data prevista, 2 de Julho, esta exposição esteve patente ao público até 30 de setembro e foi integrada no programa mais vasto da Estação Naútica de Ovar para o Verão. No dia da Inauguração o cais do Puxadouro esteve muito animado com experiencias de stand-up padle, passeios de barco e um concerto ao fim da tarde com a colombiana Mari Segura.
Visitas guiadas com gente de Ovar e de sta Maria da Feira, e uma personagem muito especial, que ajudou a reviver e a contar outras histórias : Isabel Ramada, com o responsável pela curadoria da exposição, Helder Ventura
Setembro
Botabaixo e participação na regata Memorial José Rodrigues
A Embarcação da classe Vouga “Jezebel” que foi alvo de profundo restauro,
foi finalmente a navegar, participando numa regata em memória de José
Rodrigues, Presidente da Associação Náutica da Torreira,, entretanto falecido.
O Evento “Matos em Festa”
Música e
performances… no pavilhão 2 |
Luz , som
e movimento. Uma cascata caindo do teto… no pavilhão 2 |
O evento "Matos em Festa" não tem lugar fixo
para a celebração, e dado que as mais recentes instalações da CENARIO se
localizam na Ribeira, perto do Centro da Cidade de Ovar, pensámos em localizar
nas antigas instalações da firma " Flor da Ria", as novas instalações
da CENÁRIO, a festa de homenagem ao Matos, o Matos em festa 2022.
A
instalação de Melo Rosa, no pavilhão 1 .” O universo criou a àgua, o Homem
matou a Ria” |
A projeção
de filmes de Paulo Rocha e Manuel de Oliveira rodados na Ria de Aveiro, e
outras obras cinematográficas” passaram na tarde de domingo no pavilhão 2 |
Outubro
Bota-baixo
de uma nova embarcação da classe Vouga
Dia 7 de Outubro foi um dia importante para a CENARIO pois celebrámos o
bota-abaixo da primeira embarcação construída de raiz nas nossas instalações,
um Vouga, modelo Costa Nova, baseado numa das embarcações de Mestre António
Ferreira Gordinho. Em construção desde 2012, esta embarcação tocou a água pela
primeira vez na referida data, preparando-se para a regata CENÁRIO, que ocorreu
nos dias subsequentes.
Mas ocorreu! E com a presença de amigos e convidados que ajudaram, todos,
à celebração náutica de um novo Vouga a tocar a água e a flutuar pela primeira
vez. As velas foram
As madrinhas da embarcação, primeiras passageiras
a bordo
E o amigo Jorge Exequiel, do grupo patrocinador, com o autor do projeto.
16ª regata CENARIO clássicos da Vela Ligeira
O cartaz
Foi no dia 8 de Outubro que se desenvolveram as
atividades náuticas que resultaram na décima sexta Regata da CENARIO, onde se
procura revitalizar a presença das antigas classes de vela que constituiram a
base dos clubes de vela da Ria de Aveiro. As classes Vouga, Sharpie 12,
Andorinha, Sunfish, Vaurien, Finn e Snipe estiveram representadas totalizando
onze embarcações que deslizaram desde o Carregal (cais da Pedra) até ao Cais da
Tijosa, e daí até ao cais do Puxadouro.
Alguns
elementos da equipa no final da festa, com o vizinho Sr. Manuel. |
E que dia magnífico! Com vento de 6 nós e ligeiras e subtis rajadas de WNW, de 8 nós e que foram aumentando, as embarcações navegaram num único bordo até á Ponte da Varela, e daí rodando a baliza junto à ponte fizeram rumo à ultima baliza antes do Puxadouro, rondando por BB e rumo ao cais da Tijosa, onde se encontrava a linha de chegada. Após o toque de final de regata algumas embarcações regressaram ao Carregal e outras rumaram ao Puxadouro onde se fez a entrega de prémios, com a presença de velejadores, staff e convidados. Esteve também presente o nosso associado Alexandre Rosas, Vereador da Câmara Municipal de Ovar, que também participou na comissão de regata a bordo do “Balalu”. No dia seguinte e mesmo sem vento, fizemos o transporte de algumas embarcações até ao Porto de Recreio do Carregal. A Cenário agradece aos sócios que participaram na organização, António Moço, José Lemos, Nuno Filipe Costa e a Rui Carreira, que também ajudou no barco de apoio.
Classificações:
1º Vouga POR119
Helder Ventura, Mario leite, Carlos Aguiar
1h45m12s
2º Sharpie P43
Francisco Fernandinho, Cristina Alçada, João alçada,
1h46m37s
3ºAndorinha 15 ( Melody)
Nuno Lopes, Marco Prior
1h49m49s
4ºVouga POR23 (Aventura)
André Ventura, Lydia Shlitz e Vasco Chichorro
5ºFinn P18 (Finório)
Jorge Guedes e Joana Paião
1h54m7s
6ºSnipe P23293 (Atlântico)
Ivo e Carolina Alves
1h54m53s
7º Andorinha 7
Ricardo Malaquias e Miguel
Lopes
1h56m20s
Artur Gonçalves
1:59m32s
9º Vaurien
ANT
2h05m22s
O primeiro Andorinha e "Bicampeão Nacional da classe" foi o Melody, vela nº 15
Notas finais, sobre a XVI Regata
A Associação Náutica da Torreira
esteve presente, obrigado Filipe, o Museu Marítimo de Esposende compareceu com
um Andorinha, obrigado Fernando Loureiro e todos os que acompanharam os
velejadores, a Nado esteve presente na entrega de prémios, e muito obrigado
pelo apoio logístico, a Câmara Municipal de Ovar colaborou e é parceiro desde
o início nesta regata, e obrigado ao Alexandre Rosas pela ajuda no Barco
da Comissão de Regata, os tempos são preciosos!
Outubro/Novembro
A convite do Sporting Club de Aveiro, e com organização deste Clube Aveirense, estamos a participar numa “Oficina de Carpintaria Naval”, cujos objetivos são a sensibilização para as técnicas de construção e restauro de pequenas embarcações em madeira, promovendo esta arte no contexto dos “modernos revivalismos”, e procurando sensibilizar novas gerações para esta atividade.
As embarcações alvo de estudo e restauro são 3, da classe “Vaurien”, em
torno das quais têm incidido os trabalhos práticos.
Visitas mais relevantes
Pedro Pires de Lima, velejador premiado e gerente da velaria “Pires de
Lima”, e Miguel Tavares, velejador e
diretor da Associação Portuguesa da Classe Vouga,
Museu Marítimo de Esposende, em visita à Cenário
Fernando Fernandes , neto do famoso construtor naval, Isolino Fernandes, e outros elementos do Museu Marítimo de Esposende.
Mestre Esteves, Carpinteiro Naval de Pardilhó , na nossa Associação com o presidente da Direção
B - Recolha de testemunhos patrimoniais.
Uma amiga ofereceu á Cenário um conjunto notável de memórias decorrentes da participação em regatas. Troféus, do início das provas náuticas da Ria de Aveiro, (1958, 59, 60…) medalhas de participação nos eventos e… um par de binóculos da época. Uma dádiva interessantíssima, e de enorme valor museológico.
Conclusão
Para além dos eventos e atividades de maior relevo, vamos mantendo as
nossas atividades regulares, recebendo visitantes ocasionais, promovendo
atividades entre pequenos grupos de associados. Estes encontros que mantêm
alguma regularidade ao longo do ano conferem uma atividade regular e continuada
na nossa associação.
Continuámos o trabalho de restauro de embarcações em madeira, valorizando e
promovendo a carpintaria naval. Mantivemos as relações institucionais, com a
Câmara de Ovar que nos apoia, com a NADO com quem mantemos um protocolo de
guarda de embarcações.
Devemos
ainda dar as boas vindas a dois novos associados, que têm contribuido muito nas
atividades da associação, Afonso Marmelo e o Nuno Costa.
Em 2023 vamos ter pela frente um enorme desafio coletivo, o projeto das
instalações do Espaço Ribeira, uma extensão do que somos, no cais do Puxadouro.
Este projeto vai necessitar daqueles que acham que a CENARIO é de facto um
projeto de interesse coletivo, local e regional. Arrisco a dizer, sem
hesitação, de interesse Nacional.